Leilane Patrícia
São Luís, capital do Estado do Maranhão, é conhecida como a “Cidade dos Azulejos”.
São Luís foi habitada por franceses e holandeses mas, de fato, foi edificada sob domínio português durante os séculos XVIII e XIV. Nas construções foram usadosazulejos vindos a maior parte de Portugal.
Revestir as fachadas dos prédios com azulejos atendia às condições climáticas da região que, pela sua posição geográfica, apresenta um clima com as seguintes características: muito quente durante o verão — sol escaldante — e muita chuva no inverno.
O uso de azulejos nas fachadas permitiu obter um melhor isolamento térmico, tornando os interiores mais frescos, pois a superfície clara dos azulejos reflete, com eficiência, os raios solares bastantes intensos na linha do Equador. Como conseqüência a temperatura dentro dos imóveis se torna mais amena e agradável.
O uso de azulejos nas fachadas permitiu obter um melhor isolamento térmico, tornando os interiores mais frescos, pois a superfície clara dos azulejos reflete, com eficiência, os raios solares bastantes intensos na linha do Equador. Como conseqüência a temperatura dentro dos imóveis se torna mais amena e agradável.
Outra grande vantagem do uso parietal dos azulejos tem a ver com a durabilidade e facilidade de limpeza, tornando a conservação menos onerosa se comparada a uma parede de comum. Nesta, com muito maior freqüência, há necessidade de se refazer a pintura e a argamassa, face, principalmente, as intempéries — em São Luís o período das chuvas de inverno dura seis meses no ano.
O uso em Portugal da cerâmica esmaltada na forma de azulejos, inicialmente decorando palácios, igrejas, monastérios, etc, e posteriormente, em residências e comércio, — internamente e depois nas fachadas —, foi decorrente da influência da cultura oriental que os empregava desde há muito. Levados pelos Mouros chegaram primeiro à Península Ibérica em meados do século XII e posteriormente tiveram o uso disseminado em toda a Europa.
O uso em Portugal da cerâmica esmaltada na forma de azulejos, inicialmente decorando palácios, igrejas, monastérios, etc, e posteriormente, em residências e comércio, — internamente e depois nas fachadas —, foi decorrente da influência da cultura oriental que os empregava desde há muito. Levados pelos Mouros chegaram primeiro à Península Ibérica em meados do século XII e posteriormente tiveram o uso disseminado em toda a Europa.
Portugal recebia produtos cerâmicos esmaltados feitos na Espanha, Itália e Holanda. Posteriormente, no final do século XVI, já confeccionava, com muita competência, azulejos em suas próprias olarias.
Lisboa, Porto e Coimbra foram as cidades portuguesas responsáveis pela maior parte da produção de cerâmica no século XVIII, sendo que grande parte era enviada para as colônias, dentre elas o Brasil.
Lisboa, Porto e Coimbra foram as cidades portuguesas responsáveis pela maior parte da produção de cerâmica no século XVIII, sendo que grande parte era enviada para as colônias, dentre elas o Brasil.
O uso de azulejos portugueses nas construções de São Luís apresentava um importante benefício no que se refere ao custo do transporte, pois o material vinha para o Brasil servindo de lastro nos porões dos navios, — procedimento necessário para a estabilidade das embarcações nos mares. No retorno aos portos portugueses, eram substituídos por riquezas obtidas no solo brasileiro.
Lamentavelmente, parte do patrimônio azulejar de São Luís, encontra-se em acentuado estado de degradação, apesar de ter sido incluído, em 1997, pela UNESCO, na “Lista de Patrimônio Mundial”, e ser considerado referência nacional na azulejaria, principalmente na de fachada.
Deve ser salientado que providências têm sido tomadas visando solucionar a questão. Em setembro de 2004 o Governo Estadual, juntamente com a Sociedade de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, com o patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce, editaram o “Catálogo dos Azulejos de São Luís”, publicação que faz parte de um projeto, em andamento, objetivando a recuperação e preservação deste importante acervo.
Deve ser salientado que providências têm sido tomadas visando solucionar a questão. Em setembro de 2004 o Governo Estadual, juntamente com a Sociedade de Amigos do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, com o patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce, editaram o “Catálogo dos Azulejos de São Luís”, publicação que faz parte de um projeto, em andamento, objetivando a recuperação e preservação deste importante acervo.
Observamos que há poucos painéis em São Luís dos tipos que notabilizaram a azulejaria de Portugal. Eles têm a predominância da cor azul em fundo branco, e abordam temas religiosos, históricos, patrióticos, mitológicos e paisagens. São usados, principalmente, na decoração de Igrejas — claustros, sacristias, altares, naves, paredes laterais — e em edifícios públicos e residências particulares.
Existem muitos painéis, em grande formato, no Estado de Pernambuco em inúmeras Igrejas no Recife e Olinda, e na cidade de Igarassu (Igreja e Convento de Santo Antônio). Na Bahia, em Salvador, os mais significativos encontram-se na Igreja e no Convento de São Francisco, no Pelourinho. Na cidade do Rio de Janeiro, o maior exemplo deste tipo de trabalho, acha-se na Igreja N.S. da Glória do Outeiro.
Existem muitos painéis, em grande formato, no Estado de Pernambuco em inúmeras Igrejas no Recife e Olinda, e na cidade de Igarassu (Igreja e Convento de Santo Antônio). Na Bahia, em Salvador, os mais significativos encontram-se na Igreja e no Convento de São Francisco, no Pelourinho. Na cidade do Rio de Janeiro, o maior exemplo deste tipo de trabalho, acha-se na Igreja N.S. da Glória do Outeiro.
No Centro Histórico de São Luís existem centenas imóveis do período colonial e imperial. São solares, sobrados e outros tipos de edificações com azulejos de fachada oriundos principalmente de Portugal. No entanto, há exemplares de muitos outros países europeus — Inglaterra, Bélgica, França, Alemanha, Espanha e Holanda. Observamos que na cidade foram tombados cerca de 3.500 prédios considerados históricos.
Muitos azulejos de fachada não têm a indicação do país de origem. No entanto através da análise de algumas características chega-se a conclusão de onde foram fabricados. Os vindos de Portugal medem, em sua grande maioria, cerca de 13,5 x 13,5 cm. Já os franceses têm como padrão a medida de 11 x 11 cm.Ainda no Estado do Maranhão, em Alcântara, cidade que foi um importante pólo comercial entre os séculos XVIII e XIX, próximo de São Luís, são encontradas Igrejas e prédios residenciais, alguns parcialmente em ruínas, com aplicação de azulejaria da época.
Fachadas de azulejos em casarões no Centro Histórico
Frisos e Cercaduras |
Nas ruas do Centro Histórico encontram-se também, decorando imóveis,
Painéis de Azulejos confeccionados não faz muitos anos. |
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