quinta-feira, 9 de agosto de 2012

LITERATURA: Simbolismo ( 1893-1902)
Leilane Patrícia

   Paralelamente ao Realismo \ Parnasianismo, desenvolveu-se no Brasil um outro estilo literário, o Simbolismo.
   A princípio chamado de Decadentismo, o Simbolismo procurava evidenciar a profunda insatisfação popular ocasionada pela agitação política e social do final do século XIX. O Simbolismo denunciava a decadência dos valores desse período.
   Os escritos simbolistas eram absolutamente contrários às ideias positivas e cientificistas dos realistas. O Simbolismo é anti-realista. Os simbolistas desejavam criar uma arte distanciada, que apenas sugerisse, e expressasse as ideias através do caráter simbólico das palavras.
   Desse modo, o Simbolismo tem como principal características o espiritualismo, o misticismo, o subjetivismo, a expressão imprecisa e vaga da realidade, a associação de ideias ( proximidade das ideias por pura sugestão). Nesse sentido, as obras simbolistas tendem a enfatizar o sonho e a fantasia, a sugestão, o mistério, a ilogicidade.
   A poesia simbolista aproxima-se muito da música.
   Os escritores mais representativos do Simbolismo brasileiro são: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.

   CRUZ E SOUZA

   João da Cruz e Sousa nasceu em 1861, em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis ( Santa Catarina), e faleceu em 1898. Filho de escravos alforriados, recebeu educação refinada, e trabalhou como jornalista e professor no Rio de Janeiro, onde ingressou na vida literária, junto ao grupo simbolista que atuava na Folha Popular.
   Escreveu:

  •  Missal (1893)
  • Evocação
  • Broquéis (1893)
  • Faróis (1900)
  • Últimos Sonetos ( Paris- 1905) 

                                           
Sorriso Interior

                        " Ser que é ser e que jamais vacila
                     Nas guerras imortais entra sem susto,
                           Leva consigo este brasão augusto
                     Do grande amor, da grande fé tranquila.

                          Os abismos carnais da triste argila
                     Ele os vence sem ânsias e sem custo...
                          Fica sereno, num sorriso justo,
                      Enquanto tudo em derredor oscila.
   
                          Ondas interiores de grandeza
                    Dão-lhe esta glória em frente à Natureza
                    Esse esplendor, todo esse largo eflúvio.
                   O ser que é ser transforma tudo em flores...
                          E para ironizar as próprias dores
                       Canta por entre as águas do Dilúvio!"
 
   
                   
   ALPHONSUS DE GUIMARAENS      

   Afonso Henriques da Costa Guimarães nasceu em 1870. em Ouro Preto ( Minas Gerais) e faleceu em 1921. Formado em Direito, foi jornalista e poeta.
   Suas poesia tem feições místico-religiosas.
   Suas obras são:

  • Septenário das dores de Nossa Senhora (1889)
  • Câmara Ardente(1889)
  • Dona mística (1899)
  • Kyriale (1902)

Nenhum comentário:

Postar um comentário