terça-feira, 28 de agosto de 2012

LITERATURA -- MARIANO

MODERNISMO

Chama-se genericamente modernismo (ou movimento modernista) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e até mesmo se antagonizam.
Encaixam-se nesta classificação a literatura, a arquitetura, design, pintura, escultura, teatro e a música modernas.
O movimento moderno baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a ideia de reexaminar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e eminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.
A palavra moderno também é utilizada em contraponto ao que é ultrapassado. Neste sentido, ela é sinónimo de contemporâneo, embora, do ponto de vista histórico-cultural, moderno e contemporâneo abranjam contextos bastante diversos.
No Brasil, os principais artíficios do movimento modernista não se opunham a toda realização artística anterior a deles. A grande batalha se colocava contra ao passadismo, ou seja, tudo aquilo que impedisse a criação livre. Pode-se, assim, dizer que a proposta modernista era de uma ruptura estética quase completa com o engrossamento da arte encontrado nas escolas anteriores e de uma ampliação dos horizontes dessa arte antes delimitada pelos padrões académicos. Em paralelo à ruptura, não se pode negar o desejo dos escritores em conhecer e explorar o passado como fonte de criação, não como norma para se criar. Como manifestações desse desejo por ruptura, que ao mesmo tempo respeitavam obras da tradição literária, temos o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, o livro Macunaíma, o retrato de brasileiros através das influências cubistas de Tarsila do Amaral, o livro Casa Grande & Senzala, dentre inúmeros outros. Revistas da época também se dedicaram ao tema, tais como Estética, Klaxon e Antropofagia, que foram meios de comunicação entre o movimento, os artistas e a sociedade.

Modernismo

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