segunda-feira, 20 de agosto de 2012

São Luís | cultura

CULTURA

A terra de palmeiras dos versos do ludovicense Gonçalves Dias reflete em toda sua plenitude a miscigenação de raças característica da formação do povo brasileiro. Traços culturais de origem africana, européia e indígena são identificados a cada passo de dança, a cada rufar de caixas, nas rezas e nas roupas das festas. Aqui, as influências vindas de outros cantos se unem e se recriam, fazendo da cidade uma dos maiores polos culturais e turísticos do país.

Sede da terceira maior comunidade negra do país (atrás do Rio de Janeiro e Salvador), São Luís tem nas manifestações culturais e religiosas de origem africana uma de suas maiores riquezas. Se a herança da colonização portuguesa se faz presente principalmente na arquitetura dos sobrados concentrados no centro histórico, o legado dos africanos se espalhou pela periferia da cidade e pelo interior do estado.

Marginalizados e em algumas épocas reprimida, os hábitos e crenças trazidos pelos escravos e mantidos por seus descendentes são hoje reconhecidos como únicos no Brasil. Mesmo incorporando elementos culturais dos senhores e dos índios, a população de origem africana de São Luís e arredores mantém-se fiel às suas raízes.
Reggae

O reggae chegou a São Luís pelas ondas curtas de rádio, nos navios que aportam na cidade ou através de DJs que foram à fonte jamaicana buscar o som. Desde que ganhou a cidade, na década de 70, foi se tornando um fenômeno de popularidade que só ganha força e seguidores.
No início, alguns reggaes eram tocados em meio ao popular forró. Da mistura dos dois surgiu a dança única dos bailes de São Luís, prova que o som caribenho ganhou um sotaque nordestino: o chamego típico do dois-pra-lá, dois pra-cá é a coreografia básica da festa. Para atrapalhar a conversa ao pé do ouvido, só mesmo o volume quase insuportável das paredes de som que cercam os galpões e salões.
Os sucessos de Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer comandavam o som quando o ritmo começava a conquistar seus adeptos. Hoje, no entanto, são lembrados apenas na seção saudade, guardada para o final dos bailes.
Quem anima mesmo as radiolas são bandas locais, como Miragem, Guethos e Reprise, e jamaicanos que, dada a freqüência com que se apresentam na cidade, são quase ludovicenses, como George Dekker e Norris Cole. E nunca é demais lembrar que a mais conhecida banda de reggae do país, a Tribo de Jah, começou em São Luís.
Quase todos os dias acontece uma festa na cidade. Na periferia, no centro histórico ou na beira-mar (aqui principalmente aos domingos, que afinal é dia de praia), os reggeiros têm sempre uma opção. Doze grandes radiolas (equipes de som) se revezam no comando dos eventos, sem contar as dezenas de equipes de menor porte. "São Luís é cercada", diz o DJ Marlon Brown, da radiola Estrela do Som, uma das mais populares. É só chegar para ver.
CULTURA


A terra de palmeiras dos versos do ludovicense Gonçalves Dias reflete em toda sua plenitude a miscigenação de raças característica da formação do povo brasileiro. Traços culturais de origem africana, européia e indígena são identificados a cada passo de dança, a cada rufar de caixas, nas rezas e nas roupas das festas. Aqui, as influências vindas de outros cantos se unem e se recriam, fazendo da cidade uma dos maiores polos culturais e turísticos do país.

Sede da terceira maior comunidade negra do país (atrás do Rio de Janeiro e Salvador), São Luís tem nas manifestações culturais e religiosas de origem africana uma de suas maiores riquezas. Se a herança da colonização portuguesa se faz presente principalmente na arquitetura dos sobrados concentrados no centro histórico, o legado dos africanos se espalhou pela periferia da cidade e pelo interior do estado.
Marginalizados e em algumas épocas reprimida, os hábitos e crenças trazidos pelos escravos e mantidos por seus descendentes são hoje reconhecidos como únicos no Brasil. Mesmo incorporando elementos culturais dos senhores e dos índios, a população de origem africana de São Luís e arredores mantém-se fiel às suas raízes.
      
Reggae
O reggae chegou a São Luís pelas ondas curtas de rádio, nos navios que aportam na cidade ou através de DJs que foram à fonte jamaicana buscar o som. Desde que ganhou a cidade, na década de 70, foi se tornando um fenômeno de popularidade que só ganha força e seguidores.
No início, alguns reggaes eram tocados em meio ao popular forró. Da mistura dos dois surgiu a dança única dos bailes de São Luís, prova que o som caribenho ganhou um sotaque nordestino: o chamego típico do dois-pra-lá, dois pra-cá é a coreografia básica da festa. Para atrapalhar a conversa ao pé do ouvido, só mesmo o volume quase insuportável das paredes de som que cercam os galpões e salões.
Os sucessos de Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer comandavam o som quando o ritmo começava a conquistar seus adeptos. Hoje, no entanto, são lembrados apenas na seção saudade, guardada para o final dos bailes.
Quem anima mesmo as radiolas são bandas locais, como Miragem, Guethos e Reprise, e jamaicanos que, dada a freqüência com que se apresentam na cidade, são quase ludovicenses, como George Dekker e Norris Cole. E nunca é demais lembrar que a mais conhecida banda de reggae do país, a Tribo de Jah, começou em São Luís.
Quase todos os dias acontece uma festa na cidade. Na periferia, no centro histórico ou na beira-mar (aqui principalmente aos domingos, que afinal é dia de praia), os reggeiros têm sempre uma opção. Doze grandes radiolas (equipes de som) se revezam no comando dos eventos, sem contar as dezenas de equipes de menor porte. "São Luís é cercada", diz o DJ Marlon Brown, da radiola Estrela do Som, uma das mais populares. É só chegar para ver.

Fonte: Cultura de São Luís                                                  
                                   
                                                Milla Santana


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